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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Portal R7 testou os trens da SuperVia


Olá!


Segue transcrição do Portal R7 sobre as condições dos trens da SuperVia.

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R7 testou: superlotados, quentes, com atrasos e assaltos, esse é o retrato dos trens do Rio de Janeiro


Reportagem viajou em ramais que ligam a capital ao subúrbio e à Baixada Fluminense






A viagem a R$ 2,90 pode sair mais cara a 560 mil passageiros dos trens que ligam o Rio ao subúrbio e à Baixada Fluminense se levada em conta a rotina de panes, atrasos, superlotação, acidentes e assaltos. O R7 viajou nos ramais Japeri, Santa Cruz e Saracuruna, no chamado “trem fantasma”, ouviu usuários e a Supervia (concessionária responsável pela circulação dos trens no Rio) e publica, a partir desta segunda-feira (22), série de reportagens sobre a rede ferroviária.

O investimento de R$ 2,4 bilhões da Supervia e do governo do Estado na compra de novos trens melhorou as condições de viagem, mas muito ainda falta a ser feito, a julgar pela série de problemas verificados nas últimas semanas, que vão do desconforto a descarrilamentos e acidentes com feridos (relembre abaixo).



A empresa responsável pela rede admite que os transtornos devem durar mais três anos. Segundo o diretor de Operações da Supervia, João Gouveia, as melhorias só serão realmente sentidas às vésperas dos Jogos Olímpicos, em 2016.

— Algum tipo de problema, vamos ter até cumprirmos com o cronograma de renovação de toda a frota, em 2015. 

De acordo com a concessionária, até 2016,120 trens novos com refrigeração estarão circulando no Rio. Desse total, 30 já foram comprados na China pelo governo do Estado. Desses 30, 26 entraram em operação neste ano. A compra de 60 novas composições pelo governo já foi licitada e quem ganhou a licitação foi a mesma empresa chinesa. Outros 30 trens serão comprados pela própria concessionária até 2016. 

Segundo a Supervia, nem todos os trens serão substituídos. Também faz parte da renovação da frota a reforma de 73 dos 112 trens antigos. Desse total, oito já estão circulando com ar-condicionado. 

R7 testou

A viagem no ramal Saracuruna demanda tempo, cuidado e disposição. O embarque na estação Imbariê, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), começa com um trem bem antigo, movido a diesel, com marcas de ferrugem por dentro e por fora, sem ar-condicionado e a velocidade reduzida. A atenção deve ser redobrada na entrada da composição: não há aviso sonoro para alertar o passageiro que existe um vão entre o trem e a plataforma.

De Madureira (zona norte) até a Central do Brasil (centro), também verificamos problemas. No ramal Japeri, passageiros circulavam com as portas abertas, sem nenhum impedimento por parte da Supervia. Homens entravam no vagão exclusivo para mulheres na estação Engenho de Dentro (zona norte) na frente dos agentes de segurança. 

Em São Cristóvão (zona norte), passageiros de um vagão superlotado do ramal Santa Cruz forçavam as portas para evitar o fechamento e empurravam outros para dentro, sem preocupação com a falta espaço.

As principais reclamações dos usuários são atrasos e falta de informação nas estações. O vigilante Julio Cesar Guimarães, que sai de casa às 5h e embarca no ramal Santa Cruz (zona oeste), reclama de atrasos.

— Todo transporte tem horário fixo. Não dá para entender por que os trens não têm horários determinados. Eu já liguei para a Supervia, já enviei e-mail, carta e, até agora, nada. Não tenho resposta.

Já a feirante Jéssica de Sousa perde o trem no ramal Saracuruna, porque ele passa antes do horário previsto.

— Quando não atrasa, se adianta. Não dá para se programar.

O diretor de Operações da Supervia nega falta de informações por parte da concessionária. Segundo ele, o Centro de Controle Operacional tem canal aberto com estações e trens e a comunicação de eventuais problemas é imediata.

— Temos uma nova tecnologia que nos permite falar dentro do trem. Isso consegue amenizar o estresse do passageiro que, diante de um problema, quer saber o que está acontecendo.

Problemas em série

A estudante Ana Carolina Ferreira Marinho teve o pé e a perna amputados após reagir a um assalto na estação Benjamin do Monte, em Campo Grande (zona oeste), no ramal Santa Cruz, em 2 de outubro. Ela está em observação no Hospital Pasteur, no Méier (zona norte).

No mês passado, uma funcionária da Supervia foi atropelada por um trem que chegava à Central do Brasil. Segundo a Supervia, Tatiana Cristina Lopes da Silva se recupera bem de uma cirurgia para retirada do baço. Menos de 24 horas antes, um homem havia sido atropelado em São Cristóvão, quando tentava fazer a transferência de plataformas pelos trilhos. 

Na semana passada, um casal foi assaltado dentro de um trem próximo à estação São Cristóvão. O vagão estava vazio. Três bandidos armados com uma pistola de plástico abordaram as vítimas de forma agressiva, roubaram seus pertences e desembarcaram na Central do Brasil.

Na mesma semana, um acidente entre um trem e um caminhão em São João de Meriti (Baixada Fluminense) parou a circulação no ramal Belford Roxo por mais de três horas. Por causa da batida, 11 passageiros foram atendidos por bombeiros. 

Em Bangu (zona oeste), um passageiro se irritou com um agente de segurança por falta de informações e o jogou na linha férrea. O funcionário do Supervia ficou ferido e o usuário do trem foi detido (veja o vídeo).

O diretor de Operações da Supervia atribui os atrasos e a falta de segurança a fatores externos. Segundo Gouveia, a invasão da população no entorno da linha férrea prejudica a circulação dos trens. A concessionária diz que vai construir 50 km de muros, viadutos e passarelas, e implantar grades para evitar passagens de nível e melhorar a segurança do sistema.

Na mira do MP e da Agetransp


Só neste ano, a Agetransp (Agência Reguladora de Transportes do Rio) abriu 22 processos contra a Supervia. As reclamações vão desde panes no serviço a trens com goteiras em dias de chuva. Nos últimos dois anos, a agência multou a concessionária em R$ 2,4 milhões. A empresa, no entanto, pagou apenas 13% desse total, o que equivale a cerca de R$ 322 mil.

A Supervia recorreu à Lei Estadual nº 6.136/2011, que permite o parcelamento das multas em até 18 meses. Por isso, a previsão de pagamento da dívida ficou para o fim de 2013. A concessionária também está na mira do Ministério Público Estadual, que já chegou a propor um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para forçar a melhoria do serviço de trens.

Mas a empresa se recusou a assinar o documento, que prevê multa diária de R$ 300 mil por problemas técnicos, além de reparação por danos morais e materiais aos passageiros. Desde 2011, o MP trava uma batalha na Justiça para a Supervia cumprir os termos do TAC. Além disso, o promotor Carlos Andresano quer que os administradores da empresa sejam responsabilizados pessoalmente pelos problemas nos trens do Rio.

— O que está em curso é uma ação civil pública proposta pelo MP, onde nós estamos reiterando pedidos já formulados de aplicação de multa pessoal aos administradores pela má prestação do serviço ferroviário, que são inegáveis e constituem-se como fatos notórios.

FONTE: R7
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