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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Funcionários da Supervia tratam passageiros com desprezo e falta de atenção.

Bom dia a todos os leitores e passageiros desse trem fantasma... rs

Todos os dias alguém me diz para não andar mais de trem. "Por quê vc não vai de ônibus?" é uma pergunta que me fazem todos os dias. Pois bem, respondo:

1 - De ônibus, pego engarrafamento (só essa resposta bastaria, mas tem mais);
2 - Eu teria que pegar dois ou três ônibus para chegar ao meu destino;
3 - Logo, eu pagaria mais caro pela passagem;
4 - Os ônibus andam cheios, logo a viagem é ainda mais desconfortável;
5 - E por quê eu deixaria de andar de trem? Se pago meus impostos, se pago a passagem, não sou eu quem tenho que abandonar o meio de transporte, e sim a empresa administradora que deveria oferecer um serviço de qualidade!

Pois bem. O valor da passagem da Supervia, empresa que opera as vias ferroviárias do estado do Rio de Janeiro, é de R$ 2,80. Pago R$ 4,20 pois uso a integração do Metrô Rio. Considerando ida e volta, são R$ 8,40 por dia e TODOS OS DIAS acontece algo de ruim. Acredite.

Na sexta-feira passada, dia 11/11/11 (data curiosa), aconteceu algo que me deixou especialmente irritada. Passei um sufoco enorme para conseguir embarcar em Padre Miguel em um trem direto (vindo de Santa Cruz), de ar condicionado, que estava absurdamente LOTADO e com muitas pessoas na porta, impedindo que outras entrassem - inclusive, algumas portas do trem estavam abertas. Um homem me empurrou, me falou um monte de besteiras e outras coisas que não merecem ser publicadas, até porque, infelizmente, a falta de educação e gentileza - PRINCIPALMENTE POR PARTE DOS HOMENS - é algo bem frequente nas viagens de trem.
Mas não é disso que vim reclamar, e sim de algo que considero ainda pior: o descaso dos funcionários da Supervia.

Duas estações após o meu complicado embarque - em Magalhães Bastos - o trem parou. Anunciaram que seria vistoriado - nunca entendi essas vistorias no meio do caminho, até porque o trem deveria ser vistoriado na oficina, antes de entrar em operação, e não no meio da viagem. Pois bem, saí de dentro do trem pois estava sufocada e até com um certo medo da reação daquele troglodita que me disse pra tomar cuidado pois "o bagulho tava ficando doido na Vintém". Do lado de fora do trem, notei alguns técnicos correndo, imaginei que fosse para realizar a tal "vistoria". O trem ficou parado ali por uns 5 minutos, vi o técnico tentando fechar as portas (que deviam estar abertas desde Santa Cruz) e para minha decepção, não consegui embarcar novamente na composição.

Aguardei o próximo. Fiquei uns 10, 15 minutos parada na estação, debaixo do sol, suando e nervosa porque estava passando do meu horário e eu precisava chegar ao trabalho. Nesse meio tempo, nenhum trem parador passava, e eu já estava preocupada em sofrer outras ofensas ou agressões ao tentar embarcar em outro trem lotado.

Até que, depois desse tempo, chegou um outro trem, novamente direto, esse sem ar condicionado e com alguns vagões aparentemente um pouco mais vazios. Eis que, para minha surpresa, os mesmos estavam vazios pois as portas não abriam! E as outras portas abertas estavam sendo "bloqueadas" pelas pessoas penduradas que não permitiam a entrada de outras! O mesmo técnico que fez a "vistoria" foi novamente à plataforma e quando algumas outras senhoras e eu pedimos sua ajuda para abrir a porta fechada, ele correu para fechar uma outra aberta e ignorou o pedido. Um outro funcionário, que aparentemente não era técnico (vestia roupas "normais", tinha um crachá mas estava virado e não deu pra ler seu nome e cargo), também estava na plataforma, e disse que "não podia fazer nada, os passageiros danificaram a porta e isso não era serviço dele". Perguntei: "o senhor não pode fazer nada? Não pode pelo menos chamar alguém que possa nos ajudar? Estamos há quase meia hora tentando embarcar e não conseguimos! O senhor não está fazendo nenhum favor para nós, somos clientes e pagamos pelo serviço!"

Ele simplesmente virou as costas e me deu seu desprezo como resposta.

Ora, se era serviço dele ou não, isso não me importa. Paguei a passagem e exijo ter ao menos o direito de seguir viagem! Entendo que muitas vezes são os próprios passageiros quem danificam as composições, mas não podemos ser tratados com tamanho descaso pela empresa. Se ele não podia fazer nada, tinha que procurar quem pudesse. Tinha que, ao menos, procurar uma solução para o problema do passageiro!

Fiquei extremamente chateada com o ocorrido, principalmente por não conseguir identificar o funcionário, que por razões que a razão desconhece, escondeu seu crachá e seu nome.

De que adianta, Supervia, convidar clientes para café da manhã, se vcs não investem em treinamento profissional? Se não investem em comunicação? O cara realmente não podia fazer nada, mas deveria ser orientado a agir corretamente perante uma situação como essa, e não simplesmente virar as costas. Acorda, Supervia. Isso não é um favor, é obrigação.

Enfim, depois de meia hora de espera, finalmente embarquei em outra composição, cheguei meia hora atrasada no trabalho e mais uma vez precisei justificar ao meu chefe uma falha do transporte público da nossa cidade. Mas a mágoa e a revolta não cessaram. Sinto-me desrespeitada como consumidora. Se fosse em um mercado ou outra loja qualquer, nunca mais voltaria lá, nunca mais compraria nada dali. Mas infelizmente eu preciso desse transporte. Ou vou de trem ou perco o emprego. Como tenho família, contas a pagar e dignidade, vou levando minha vida sobre os trilhos, um dia de cada vez.

Charlayne Primo, 28 anos, publicitária. Moro em Padre Miguel e trabalho na Glória. Pedindo paciência à Deus, porque se ele me der forças, eu quebro tudo.
@nanycrazy
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

  1. Só acrescento um detalhe a seu depoimento, tão verdadeiro quanto estarrecedor: você não é apenas uma consumidora de um serviço, você é uma cidadã que está sendo ferida em sua dignidade.

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  2. Não dá mais pra aguentar...E os trens novos que foram comprados na China...Caraca chega de fazer o povo de palhaço, só serão utilizados na Copa...
    Elcy Britto - Bento Ribeiro

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  3. Um sistema de transporte que tem tudo para ser o mais eficiente da cidade, está licitado a esta empresa porcaria por não sei quantos anos. Não dá pra entender.

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